quarta-feira, 28 de abril de 2010

Escorriam-lhe sentidos por entre as formas. Despertara agora em um sonho onde as emoções se amontoavam em densidades das quais se criavam em corpos.

Vestiu-se do seu, subitamente maravilhado com a descoberta de sua complexidade múltipla infinita de dois - divisível das mesmas raízes arredondadas de resultados contínuos, fractais e perfeitos.


No mesmo instante em que se apossara dessa consciência de ser espalhado em pulsão, adquiriu desníveis vibratórios, camadas emanadas em frequências alternáveis que se acumulavam e propagavam em peso e cor.


Sentiu olhos para brincar de fragmentar dimensões superficiais e reencontrar segredos menores, enquanto passeava entre as lembranças apreendidas como movimentos naturais de sua mais nova consistência.

Já havia esquecido de todos os detalhes de abrir-se eterno em si, quando se percebeu incerto de tudo que poderia revelar-se num espaço fechado de corpo tomado pela trajetória de existir.


Decidiu mergulhar em sua aventura, sem restrições confusas por replicar memórias que só caberiam aos fatos contados.

Tinha um universo a experimentar. Ilimitada-mente.

domingo, 25 de abril de 2010

o professor de vermelhidão

É interessante dizer, antes de tudo, que estávamos em local extremamente fechado. Portas cerradas e paredes ingratas descartavam qualquer possibilidade de amplitude de point of view. Importante informar, também, que valíamos aproximadamente nada na bolsa de valores da época.

Éramos, certamente, a excelência frutada do absoluto descaso aos grandes sucessos. Porém, persistíamos, tentando locar a banca mais evidente da avenida principal enquanto senhoritas passeavam com peludos cachorrinhos pelas calçadas. No fundo, queríamos a elevação do índice de suicídios pela escada de serviço.

Quando tudo aconteceu falavam eles de buracos, doutores escritores, capitais norte-americanas e pactos medicinais. E nós vestíamos camisas vermelhas sobrepostas. Ao invés de calças, calçadas alugadas por cachorrinhos peludos. Recordo-me que fingíamos não saber onde estávamos.
Pensei em sugerir que doássemos nosso sangue para qualquer movimento de resistência pacífica - queria ensinar um pouquinho do que sei, e por isso mesmo dei por mim que não poderia sugerir o que equivalente no seu conto de passarinhos não tem.

Acenei para ver "quão vermelho eram seus lábios curtos e de repente roubar um pouco do batom para meu próprio disfarce".

- tu não vai ver resenhas de livros, dirigidos ao público jovem do Brasil. Para os leitores adultos, faltam um pouquinho de humor.

- leitores ópticos não opinam sobre a moda.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Young & Hungry Pôneis II



Olá Criançada,

Como vocês estão pequeninos? Felizes, perturbados e sorridentes como devem ser todas as Crianças Mais Sortudas, Sujas e Sacanas do Mundo? Muito bem pirralhos insuportáveis, muito bem. Hoje eu vou lhes contar como transcorreu parte da super alegre e mimosa festa dada a Rodrigo, Sabrina, Carol Carole e a Pequena Linda Sorteabeça. Como eu havia informado no capítulo anterior d’A Pândega do Pônei!, o mundo todo se caga na calça quando sente o cheiro de uma festa recheada de pôneis viciados em heroína, acrescida de balões de todas as cores e atores de filme pornô. Balões azuis, vermelhos, amarelos e rosa-choque enchem os olhos de qualquer pimpão de lágrimas, não é verdade? E o que dizer de lindos e compassivos atores com membros gigantescos? Lembram o céu, é ou não é? Pois nesta festa não foi diferente. A felicidade e o desejo por sacanagem estavam estampados no rosto de cada pentelho filha da putinha. Até os pais de Fochesatto, um lindo meninote que cedeu sua casa para a realização da festa, deixaram de lado a matança indiscriminada de golfinhos fofinhos para fazer parte desta comemoração comemorativa. Mas vocês devem estar se perguntando: quem é Fochesatto? Bom crianças remelentas, Fochesatto é um meninote bem bonitinho e pervertido, além de ser um amigo fiel e alegre das Crianças Mais Sortudas, Sem Sentido e Sacanas do Mundo. É ainda um rapagote sempre afim de assistir desenhos x-rated, que adora um bom e seguro sexo grupal. Fochesatto é também um apaixonado praticante da inocente modalidade fist fucking, um jeito delicado e indolor de fazer os coleguinhas sorrir. Com tantas qualidades, era inevitável a sua presença na festa mais colorida e cheia de pôneis do mundo!

Mas vejam bem crianças, o mundo não é feito somente de benditos pôneis e parques de diversões seguros, providos de palhaços psicopatas e cordiais. Pois sendo assim, ocorreu um fato, durante o regozijo, que entristeceu a todos: Sorteabeça foi morta sem querer. Mais foi sem querer MESMO! Vou lhes contar o que aconteceu. Uma outra amiga das Crianças Mais Sortudas, Sadomasoquistas e Sacanas do Mundo, chamada Luciana Goodend, levou sua 12 cano cerrado para impressionar um pretendente, que ela sabia, era apaixonado por armas e sangue – o que é totalmente compreensível. E sem querer, sem querer MESMO, Luciana disparou sua arma carregada. Fato contínuo, os macios e delicados chumbinhos que moravam dentro da 12 encontraram em seu caminho a cabeça da Pequena Linda Sorteabeça, que, como pôde ser constatado, não tinha tanta sorte assim. Ademais, Sorteabeça nunca soube se posicionar em uma festa frequentada por gangues rivais e meninas armadas de amor.

Porém este pequeno contratempo não atrapalhou em nada a celebração. O padre da paróquia, que também participava do bacanal, se prontificou a limpar a sujeira que Sorteabeça fez. Nada que o impedisse de continuar a chupar todas as criancinhas malandrinhas. Mas é lógico que ele fazia isso com o consentimento dos pais. Tudo na mais perfeita ordem e com o mais alto respeito. Padre Jesus, o mais bem dotado das arredondezas, fez o favor de comer todos, sem cerimônia. Meteu a rola nas criancinhas com todo o carinho que a situação pede, e depois passou Hipoglós no frágil bumbum de todo mundo. De todos os cantos só se ouvia agradecimentos: “Eba” pra lá, “quero mais” pra cá.

Mas sinto em lhes informar que terei que me ausentar por uns dias, ou alguns meses, pois malvados homens feios chamados policiais encontraram a casa deste autor que vós fala, e eles não gostam nem um pouco de ver pessoas contentes. Contudo não se preocupem, bebês de bundinha assada, assim que eu conseguir me livrar destes titãs da incompreensão, continuarei a dividir com vocês pérolas aventurescas d’A Pândega do Pônei!.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Young & Hungry Pôneis!

Oi Criançada!




Ler é divertido, legal e educacional, e este textículo é um dos mais empolgantes que já houve! É sobre as crianças mais sortudas e famintas do mundo: Rodrigo, Sabrina, Carol Carole e a Pequena Linda Sorteabeça, e suas impagáveis aventuras em A Pândega do Pônei! Todo mundo adora pôneis! Todo mundo adora festas! E isso significa que todo mundo - absolutamente todo mundo - adora festas com pôneis. Neste feliz texto deliciosamente apropriado, os simpáticos irmãos serão mimoseados com uma festa divertida, um grande prêmio, muita porra de cavalo, um passeio de pôneis, diversos adultos bondosos, bem dotados e sensatos, e todo o bolo de maconha que conseguirmos comer! Não parece perfeito? Mas lembrem-se, meus jovens amigos, a vida é mais que pôneis e bolos. Mantenham os seus dentes e gengivas brilhando de limpos, o cú com as devidas pregas, obedeçam aos pais e aos padres chupadores de criancinhas bonitinhas, tentem ser bons cidadãos e continuem lendo tudo a respeito d'As Crianças Mias Sortudas e Sacanas do Mundo, escrito por mim, seu adorável autor!!!

Jubilosamente,

Rodrigo Racin Solo Meloni

sexta-feira, 16 de abril de 2010

I'm a fucking stealer


Agora que os membros estão rígidos e o sangue se faz pedra nas veias. [Ontem] Agora que o encéfalo se esboroa e destaca das secas meninges esverdeadas. [Crisântemos] Agora que a carne balofa visita a dureza do basalto e os intestinos dilatam ao inchaço azul de não expelidos excrementos. [Passado] Agora que a necessária morte exata me invadiu desde o cerne das unhas que pesa mais em meus ombros dobrados, já cadáver.[Sorridente]

Agora eu sou do lado de cá da morte onda branca, perdida no âmago do mar azul, que te acaricia e chama. (Piauí em chamas abertas e afagos omissos). Eu sou o mar que pede a morte daqueles que não sabem nadar, e sorri com cada afogamento adestrado. Eu sou o mar que adora crianças em perigo, a gritar os nomes das mães drogadas de sol a beira-mar, queimando sob meu amigo sol, procurando uma beleza que não reside na vida. A morte que me venha em véus e súbitos lampejos de blush pedrificado! Rebecas, atirem seus blushs sobre a catedral e queimem os bispos!!!

Agora cheiro profundo, de dentro do meu nariz escarnecido, pelo tempo e pelo pó do tempo. E pelo pó.
Eu broto da areia molhada/encharcada com um olhar curioso de quem espera a morte afundar seus pés em meus lábios arenosos. Meus lábios que já experimentaram de tudo, menos tuas águas;
Me misturo então as algas e detritos. {um trem se precipita sobre a indústria suja dos cantos/recantos em mantos do rio brejo: eu sou agora Costela de Adão! E as crianças agora queimam sob o sol, queimam suas mães e jantam as partes íntimas dos bispos. Dividem com as moscas o meu amor por ti. E enchem suas pequenas barriguinhas de carne sacro-santa.

O papa canta em cantos gregorianos: Criancinhas, criancinhas, criancinhas...e é tão belo ver o papa apaixonado pelas criancinhas verdes, esperando o deflore.

Sou também um barco à deriva, de velas desfraldadas, pedindo-te, em socorro, um beijo. Mas quem socorre quem?, Quem, seo Bombeiro de asas quebradas e avenidas de lanterna vermelha::::::: O amor pede socorro, enfim? Ou é a morte disfarçada de Mae West que me excita com a mão esquerda? Uma punheta milenar. Dedos calmos, a me matar as vontades.

A Lua, no horizonte. E a lua grita iniquidades oblíquas.
)O - blí - quas(
E sou seus reflexos de prata, na quietude do lago adormecido/encarecido por um pagamento qualquer. A lua morre, fraca de câncer. A lua é fraca.

Lago-puta de centavos alheios.

Nº32 - Eu sou a tempestade súbita, grossas bátegas jorrando impetuosamente, de uns olhos que te querem ver. (Quem dera eu fosse um qualquer querente vidente em mãos de urso panda).
Eu sou o mar! [do forno que não acende mais...]
Revoltado, sereno, liberto e...só!
Eu sou o mar! Eu sou um bêbado mar borginiano. Shhhhhiiiiiii, fale baixinho - mas tenho sede de seu sangue.
E te abraço e envolvo. (envolve, envolve, engorde, minha porca...;

VEM>Banha-te em mim, bebe o Sol dourado das minhas cristas, ajuda-me a acalmar as fúrias, mergulha nas minhas águas, violando-me!
Eu sou o mar! [mais uma vez, mar vultoso azul parêntese]
Peixe, sereia, Neptuno; um sereal killer de oceânidas.
UMA grande puta amarela, comedora de peixes e feixes.

Serei tua viagem de hoje, repetida sempre, que me abrasa.
Como naquele dia que a morte nos guiou pelos corredores dos templos liquefeitos..............
Navega-me, sente o meu murmúrio, que é grito, lamento e apelo, "qdo eu peço um pouco mais de falta de ar debaixo de água fervendo"
sem medo, meu labor...
A morte.

A morte.
Só a morte. Em intervalos televisivos.
A sorte.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

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Toda Vez Que Falta Luz

aconteceu certa vez
um larará tão pontiagudo
que parecia zunir o céu

foi com aquele rapaz que tinha o dom
de fazer os grilos calarem

dizem que ele foi perdido no mato
entre galhos secos e pingos de ouro
nunca mais o acharam

mas o larará
aquele larará

nunca mais foi esquecido

e entrou de primeirinho na lista dos lararás de todo o mundo


Paiol

um caramujo é só um caramujo
e uma vespa é uma vespa
mas quando olho um caramujo
quando ouço uma vespa...
sei que sou um pouco caramujo
e a vespa um pouco eu
e um pouco caramujo



ex..te..nu..a...do
extenuado
este nu ado
este nu
lewis carrol, bem longe daqui



lewis carrol
levis carrol
leviscarrol
levisquerol
leviquero
levizquero
leviza quero
Leveza quero

sexta-feira, 9 de abril de 2010

para Alberto Caeiro


Só meu corpo

está contando a vida

a minha alma
é solta e vasta
como a eternidade
de todos os instantes

só meu corpo
há de cansar em carne
e desgastar aos dias

o meu espírito,
curioso e alerta,
é como o olhar aprendiz
a passear pelo novo

meu corpo sabe ser alma e espírito
quando desperta junto à realidade

aos anos, deixo esse corpo
em pó de tempo entre a calma das horas

leve, sem questionamentos,
segue a pouca alma
que soube ser tudo
e não buscar mais nada

terça-feira, 6 de abril de 2010

UNGULADO

I'm a stealer

C'était la troisième fois que de fond et que l’article ont été dans l’acensceur.

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

Tout à coup, lês arrêts d’acensceur, avec seulement deux là.

Ótimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exatamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois gêneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objeto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Là la porte s'ouvrit brusquement.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjetivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que la folie!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objetos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Sauf que ces conditions ont été:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

sábado, 3 de abril de 2010

[Silêncio]

Um cachorro rompeu o silêncio da rua. [não era daqueles silêncios nobres, de pessoas que não fazem barulho; era o silêncio sujo que os bairros boêmios tem após o amanhecer - apenas um dos bares em funcionamento, àquele horário] O sol alto já denunciava advogados e contadores em seus escritórios. [mas nós não usávamos paletó; copo a copo, desvendávamos os segredos da humanidade, como se fossemos talvez aquele cachorro que rompeu o silêncio da rua. Nunca humanos. preferiríamos para sempre aquela vida de não ter horários, mas paixões; essa vida de choro e riso alternando-se incansavelmente; sequer conhecendo o significado da palavra inércia] Seríamos eternamente livres, como prometemos naquela manhã de agosto - o frio do sul conferindo uma tonalidade rósea, quase inocente, a nossos rostos. Hoje, nostálgico lembrar aquela manhã, há pouco mais, ou pouco menos talvez, de cinco anos. Meu despertador toca antes da hora em que outrora eu dormia. E nós sabemos em silêncio, como o silêncio das ruas boêmias ao amanhecer, como o silêncio rompido daquela manhã fria de agosto, que não há mais tempo para abraçar a vida.