sexta-feira, 31 de julho de 2009

par hasard..

a mala diplomática voltou intacta.. quase um ano depois!




[pensei que meu cortázar estivesse rabiscando os olhos de algum angolano, mas durante todo este tempo ele ficou mudo das mãos]

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"eu sou a Ana Pontes, mais conhecida por Nilza.."
-13 anos, Cabinda-

QUEIXAS NOTURNAS

Minhas roupas eu quero até rompêlas
Me livrando das prisões carnais
E vendo a luz dos astros imortais
Abraçado, com todas as estrelas
Eu luto contra a universal Granndeeza!
Dá mais terrível desesperação.
Eu luto contra a universal Granndeeza!
Dá mais terrível desesperação.
"É a luta é o prélio enorme e a rebelião da criatura contra a natureza para essas lutas uma vida é pouca, mesmo que o corpo se esforce e os probres braços do mortal se torcem e o sangue jorra em coalhos pela boca, peellaaa booocaaaa.

Poema: Augusto dos Anjos (poeta maldito)
Adaptação Zagaia
Música Zagaia
E que se fuedam.... hahahaha

terça-feira, 28 de julho de 2009

julho não atende minhas particularidades, é tão humilhante sentir-se vivo às vezes. narro em minha mente nossos casos inacabados - m e t i c u l o s a m e n t e - guardo todos os sentidos no bolso. minhas dúvidas perduram nesses dias sem afeto onde somente a garoa é capaz de alterar minha sensação térmica, espero 5 minutos, nada de novo, minha pele arrepia, quaisquer olhos me emocionam.
sinto falta de.

sábado, 25 de julho de 2009

Enquanto eu vestir
esse corpo jovem,
meu amor,
eu prometo

vou entregá-lo
em todos os encontros
inteiros

e vou
me enfeitar de alegria
e festejar
esse nosso
amor sem enterro

que deságua
em mim só olhos
de liberdade

Eu estou solta,
meu amor,
livre

a minha
asa quebrada
ainda sabe os passos
do bailado (leve)
do vento

SEXO!

SEXOQuando nossos corpos se tocam / Mesmo por cima da roupa / Sinto o calor que vem do teu corpo / Misturando ao calor do meu / São gotas do suor / Gotas de quem esperou por esse momento / Agora, as roupas vão caindo / Revelando o sexo nervoso / Sexo endurecido / Sexo umedecido / Mãos que seguram sexo / Mãos que penetram sexo / Línguas que lambem / Sexo que arrepia / Sexos que se encontram / Enfim / Sexo que agasalha / Sexo que desbrava / Acabamos / Me deito sobre o teu peito/ Sinto o cheiro do meu sexo, / No teu / Sinto o teu cheiro misturado / Ao meu / Cheiro do gozo supremo / Cheiro do sexo / Que eu adoro
enquanto esperava o mágico do Vale dos Esquecidos chegar para a entrevista, li sua carta.
sobre crianças de Poa, Cabinda e Maputo.
a manhã se abriu pelo lado comestível.
ao invés de cor, fiquei estampa.
queria sair correndo um rio
[para pintar uma parede com seus lamentos]

...


cajuína me derrete por dentro,
feito figo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

maria-ninguém

'e como cê tá?'
ô fia, tô dormida da vida!
.
.
.
.
sempre,
o vai-vem, vi pela janela.
me esqueço no quarto e ninguém me chama.
fico de bruços brincando com a ponta desfiada do fio de minha sina.
dizem ser sabedoria do tempo.
eu só chamo velhice.
limbo da vida

terça-feira, 14 de julho de 2009


.talvez por isso ninguém me leva a sério. e é justamente por isso que deixo o travesseiro raso para ter pesadelos em outras calçadas. quero meu dom de volta, essa dádiva minha de deus. volta dom meu, pois meu olhar míope precisa de risos novos.
.ela disse adeus em espanhol, e partiu pontualmente às cinco. CINCO.


Meus versos não rimam.
O neurológico deles entrou em colapso e agora eles só surtam ao amanhecer.
Galos cantando soam como rajadas de uma metralhadora. Que dispara sermão.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

We were born
to flourish
(together)

'cause everytime
I breath in
you breath out

If we were
the queen's ducks
we could swim
all day long

we would live in
the garden and
chill out
in the fountain

we'd have our
time to get along


But we were made
to vanish
(apart)

and all the while
we slip in
they slip out


if I was not
in the king's empire
I would not
take my chance
to build me a castle

it would be all our life
(in these paradise)

I'd have my chance
to be (with everyone)



(in the change
of seasons)
colhi violetas.
ele não veio buscar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

guardei todos os pingos de chuva que me costuravam.
dei de beber toda forma de preto e de branco.
[vi estátuas morrendo de sede]
em dialeto de avesso, vapores dialogaram: “you make me feel brand new”

sábado, 4 de julho de 2009

...

desde então,

quando visto aperto no peito,

desatino meu corpo silente no chão.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Moça do busão

Mas... não vou descer do busão
quero saber onde ela mora,
quero saber se ela namora,
se ela gosta da canção
que eu já pensei agora
que ela refutou o botão.

Fecho os olhos para ter
aqueles cabelos tão fininhos
por onde eu tranço os dedos,
puxo firme e me aninho
a descobrir dela os segredos
que só revela com carinho.

Vou te dizer que o sorriso dela
já mudou o meu itinerário,
e sairei mais depois do horário
pra acompanhar esta donzela.
Chefe, aumente o meu salário
que irá todo em flor pra ela.

achismo



.a tua imagem me foi sumindo aos poucos - tal qual a saudade que perde força à medida que a memória ganha novos tons. depois de descobrires minha cor e de teres dividido comigo cumplicidades amenas, achei até melhor assim. foi melhor, eu acho.

.não suportaria ter de fechar nossa família - ou ao menos te excluir do meu olhar.

Pôs os óculos sobre os olhos ébrios de mar, e saiu arrastando saudades.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

FOLLIA

La follia ens salva de la estultícia.
Estimo la meva follia que em vacuna contra la estultícia
Estimo l'amor que m'inmunitza front la infelicitat que volta per arreu infectant ànimes i atrofiant cors.