sexta-feira, 21 de maio de 2010

da série poemas secos

quero um poema açoite
tão noite

como esse silêncio
tão seco
quanto esse sangue
que ficou grudado
na calçada

tão seco quanto o ar
que estala
chicote
de couro crú

eletricidade corre
solta
outro estalar rompe
a manhã

são passos
pisando sobre as folhas
que caem out
onais
feito pele de árvore

pé de vento
na folia da cor
rida
pela estra
da qu
e nã
o t
em
f
im

8 comentários:

k . disse...

meu ar estala chicote de couro nu

Burlesca disse...

Sua carne só é nua nas noites de lua alta

pedrinha disse...

romper, no desfolhar da carne
seiva não decompõe.

k . disse...

não decompõe, mas nutre

highhellhills disse...

certas coisas se acentuam.
quando eu viro folha..
quando eu viro a folha...
quando eu desfolho vidas;
quando eu;
quando?

Mari Dutra disse...

estalar de folhas outonais

fochesatto disse...

sumiu na insolação.

eferreira disse...

insolente solamente sob sombras.