quero um poema açoite
tão noite
como esse silêncio
tão seco
quanto esse sangue
que ficou grudado
na calçada
tão seco quanto o ar
que estala
chicote
de couro crú
eletricidade corre
solta
outro estalar rompe
a manhã
são passos
pisando sobre as folhas
que caem out
onais
feito pele de árvore
pé de vento
na folia da cor
rida
pela estra
da qu
e nã
o t
em
f
im
8 comentários:
meu ar estala chicote de couro nu
Sua carne só é nua nas noites de lua alta
romper, no desfolhar da carne
seiva não decompõe.
não decompõe, mas nutre
certas coisas se acentuam.
quando eu viro folha..
quando eu viro a folha...
quando eu desfolho vidas;
quando eu;
quando?
estalar de folhas outonais
sumiu na insolação.
insolente solamente sob sombras.
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