hoje frio. calmamente relaxo os músculos. com os dentes afiados corto um naco de sua carne. a língua saliva. cuspo sobre o chão forrado de folhas secas rubras da sete copas em frente. sete vezes amaldiçôo a manhã. névoa cobrindo os olhos estatelados.
pronto. sacramentado. o suco de uva escorre entrementes. não, parece vinho. púrpura pura. uma purinha, que ninguém é de ferro. só os dentes e os nervos. que ninguém é herói nessa porra. só os dementes contróem castelos gaudianos na paisagem outonal num fim de manhã qualquer. a nota pode ser dó. o tom. pode ser atonal? só a música para consolar os anjos que caem estrada afora. um mar de anjos bêbados. isso que dá virar humano num momento desses. só a hora pode determinar o badalar desses sinos. você ouve?
5 comentários:
nós, que promentíamos nascer páginas em brancas histórias
houve.
nós desatados...
mandei capítulos para o ar.
tempestade não mandou chuva de volta.
a horta tá seca.
coração de tomate.
tic tac tic ta...
(esperando carteiros virtuais - pra não dizer Godot))
fuck! houvindo você ouve o badalar do tempo passado. fantasmas em revoada no relógio da matriz.
será que houve isso?
vc ouviu?
ô ferrari! houvi porque tava ali o tempo inteiro e só não absorveu quem não bombardeou eternal bliss.
Postar um comentário