Calminho foi chegando, aprumando pena por pena.
Elástico.
O rímel, passou sorrindo, brincando com cada fio de seus cílios.
Postiços.
O blush passou por toda a face.
Encardida.
o batom - rosa morganita - roubara na surdina.
Anoitina.
Passava com um encanto de encher os olhos de areia; era, na verdade, um beijo.
Encarnado.
A sombracelha feita com precisão robótica; a sombra dos olhos
em perfeita sincronia com a cor de sua alma.
Refeita.
Os colares deitavam sobre suas saboneteiras.
Certeiras.
o vestido, grudado aos seus contornos como namorados em noite de cio,
prestava uma homenagem a Apollo, tal belo era o resultado.
Vison.
Seu echarpe a lá Luz Del Fuego dava o tom exagerado.
Pasmo.
Seu sexo, escondido entre suas fundações, como quem quisesse tudo visto.
Quisto.
Era lindo de se ver. O comprimento da roupa, a matiz da vestimento.
Era tudo tão elaborado, tão no lugar.
Altar.
Suas botas de latéx torneavam suas pernas com um inconfundível azul-da-prússia.
Azul.
Cobriam da ponta de seus dedos à altura de seus joelhos.
Bemfeitos.
Não tinha barba.
Malfeita.
Se esquecera do esmalte.
Normal.
Era apenas uma criança.
Três anos.
Sua mãe gostara.
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