Desde pequena escutava o barulho dos passos até durante a ausência de movimentos entorno. Permitia, mesmo sem saber se eram de deus ou do diabo. Era quinta-feira e seus poucos pêlos estavam encharcados de suor. Flertava com a velocidade dos pés quando desceu pela Treze e num pedaço de instante resolveu subir os degraus. Pisou somente nos mármores escuros ímpares, escolheu a segunda porta lateral e sentou-se em um dos bancos.
Ali, sentia-se plena interrompendo a única corrente de ar que ainda enganava o Sol. Olhava para cima e podia sentir a luz rasgando os vitrais coloridos divagando raios. Contava a décima quarta cor quando desistiu dos números depois de confundir azul celeste com amarelo terra.
Fechou os olhos para escutar o vento respirando sua pele do rosto criando refrões publicitários com o barulho que os cabelos faziam quando brincavam com seus brincos. Concentrou-se. Abriu os olhos, os braços e as pernas para que ele entrasse por inteiro. Esperou durante duas músicas cantadas
Desacreditou.
Tentou esquecer o almoço com a língua, usou a unha mais antiga e depois levantou-se. Atravessou a rua e entrou no primeiro ônibus que não passou.
3 comentários:
concluindo assim, debaixo da rua, no meio das árvores, dentro do céu, ao redor de mim, o mais sagrado dos pecados desculpáveis.
(toma aqui o meu cartão, meo.)
OMG
nice trip
(don't get mad at me)
hahaha
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
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