Um bloco. Um punhado de letras jogadas, abruptas e incansáveis.
Palavras se alimentando uma das outras, com força, com casca, com fome.
Ingeridas uma por uma e de uma vez só.
Com sal, pimenta do reino e adjetivos de ovos fritando.
Palavras se alimentando uma das outras, com força, com casca, com fome.
Ingeridas uma por uma e de uma vez só.
Com sal, pimenta do reino e adjetivos de ovos fritando.
Era gente e poesia
Mas naquele inverno já era quase noite.
E então ele molhou o indicador com pura saliva escovada na semana passada e apalpou vigorosamente cada linha de grafite.
Arrancou as vírgulas e os travessões.
Asfixiou as maiúsculas com o mesmo sopro que permutou reticências por espaços
Ele, e suas células acentuadas.
Antes mesmo dos capítulos desfilarem abstinência circular, tentou vender três ilustrações por um ponto de exclamação.
Mas era quase dia, e as células estavam vivas.
Todas ali.
Flutuando no vinho tinto de mesa.
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Um comentário:
bela tatuagem e o texto ainda mais belo.
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