Roendo unhas paras inspirar uma legítima agonia. Ouvindo suspiros, vendo rastros de lágrimas. Olhei-te com desespero, com ares de urgência. Roí-me em medo e costurei a nossa incomum falta de coragem. A nossa sincera covardia, a nossa necessária falta de ar... Os momentos no bar ouvindo aquele - aquele, ora! - tipo de música. Alguém no panteão dos sons, com melodias parecidas e igualmente doídas. Aleijados de dor, amputados de amor. Surrupiei de ti alguns sons, alguns ruídos. Senti em ti idiomas outros, paladares diferentes. Aquele tormento em vórtice, aquele mantra sentimental... Tudo me consumindo, me desbotando. Compreenda este meu cinismo na hora do gozo. E se te olho assim é por raiva boba. Talvez por teres me mordido tão bem.
Agora me olha bem, para poderes com humildade me esculpir em tuas retinas. Meu bem, irei te deixar.
Agora me olha bem, para poderes com humildade me esculpir em tuas retinas. Meu bem, irei te deixar.
2 comentários:
mordidas bem dadas cúase nunca cicatrizam.
cicatrizes bem mordidas cheiram a gozo e adeus.
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