e um dia ele acordou sabendo: nada mais era seu.
nada daquilo que já sonhara, nada daquilo que quisera, e
mesmo asssim ele se apegava às coisas que sonhara, tranformando em sonho
aquilo que era real.
agora não sei que aconteceu. estudou se concentrou e silenciou. ja faz tanto tempo
ele esta como quem não está. separou-se em dois mil pés de altura
e seu pés andam no chão a sonhar com moças que nem sabe se vai encontrar
como um som de charlotte gainsbourg
como um tecladinho, bem básico,
como aloe vera. lembranças do nariz dos ouvidos, e dos olhos.
quem ele é. quem ele será, que caminho o leva
não são mais perguntas
e nem esta dor no pulso, renitente
e a fome ardente em fogo baixo
não mais significam do que este momento.
este momento onde o teclado tilinta sobre seus dedos e os silêncios se preenchem de vida.
Um comentário:
e quando temos certeza de que temos ou de quem somos?
adorável este blog, passarei por aqui mais tempo.
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