quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"hoje papai morreu"


aquela história do seu pescoço ajoelhar não sai do meu subsolo das memórias nem pra beber água fresca.enquanto você falava da nuvem que tinha encontrado no seu café, eu lambia palavra por palavra como se cria minha [elas] fossem também. amordacei as vogais abertas e abri circunflexos até que obtivessem formato ondulado de acento nasal.os verbetes ficaram todos com sonido aumentativo.os ventres [ainda pendurados] repercutiram em gente recém-nascida árvores a serem povoadas.


- dedos, meras cavidades. não dizem nada. deixa pra lá.

- deixa. deixa teu pai ir, também, então.