quarta-feira, 9 de dezembro de 2009






Elas já se emaranhavam por lá nos anos 30. Faziam sexo por idiomas. Na Conde Laje também estavam elas. Brazucas com libido na agulha, prontas pra atirar. Pra acomodar o sangue dilatado, esvaziavam o corredor. Tinha mormaço saindo de um corpo agachado. Melhor se tivesse alguém mirando






Ela se levanta e rebola para ajeitar o vestido, mas isso o mendigo que dorme na calçada em frente não vê. Só tem seus pés devidamente erguidos no chão como horizonte. Mi Re Fátriz fica lânguida com os pés agora. Seca a boca com a calcinha. 




 


me deita o lixo pela boca e arranca a calcinha como quem não tem assunto nos olhos.
emprestei meu  peito a pássaros.

o deserto, meo, aumentou em proporções matinais.


 


apertou meu sexo como se fizesse carinho cognitivo bentevi.

olhei de lado assim acima.
e questionei seu desejo que só me eternizava numa polaroide.
éramos pedaços incompletos de fios de cabelos
que caíam de nuvens carregadas.
então eu deixava uma chuva de vermelho mi ré fatriz.
 


p
ut
o
da
cara



Eu suei abaixo. Me sequei pra me sentir limpa. Mas eu tinha consciência de geleira em pleno aquecimento universal. Meu mar corria pra rios, pra córregos, pra cócegas que me humilhavam porque minhas águas eram lamaçais, manguezais, pantanais de tanto lixo, de tanto luxo, de tanta luxúria pobre da Conde de Laje. E eu que aqui escrevo. Nunca estive lá, Mas posso martelar dores da easy life que é vermelha, que é sim quente, que tem sim líquido escorrendo das bocas... que não tem ninguém. Que está à mercê de um gringo qualquer. 




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