quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A fruta http

E eu queria arrancar as minhas maças do meu rosto, que insistem em me entregar em suas levianas ruborizações. Queria eu comer minhas infantes maças que brincam com meus sentimentos como se minha cara fosse playground. A vida não continua, (não/não), não continua. Só as maças se exercem.
Em minha face, sem minha permissão. Pretendo amarra-las. Ensejo mata-las. Criaturas filhas da putesca que não hesitam em derrubar meus verbos, minhas íntimas vergonhas. Não sou canto nem proveito, não sou maça. E quem entende isso se nem eu o alcanço, esse tal firmamento que me vendem, esses que me entendem, que me vendam em feiras de macieiras.

E que se fodam todas as planicies repletas de bochechas prontas a se entregar. Podem vocês me definir, eu não me importo. Não me vendo. Eu não continuo. O que faço eu diante do meu limite animal nem minhas maças podem me revelar. Nem vocês, bando de rebanhos.

Cansei.

3 comentários:

fochesatto disse...

it's a long long long long way.

Sabrina disse...

@salamandramalandra yo tambem cansei

about 13 years ago from cidadedas13pessoas in reply to salamandra malandra

Mari Dutra disse...

esses frutos proibidos de nossos rostos.