não, não diga nada
na noite há sempre uma levada
que pende
lenta
o chegar
da imensidão
toda madrugada
senta o vento ao pé da estrada
que escura
aquieta
o pulsar
da solidão
roda estrelada,
num céu de sonho
a lua alada,
no azul
espera
o recomeço
do amanhã
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