sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

o gato-selvagem saiu, colocou as patas de marfim após a porta de pegadas e se deteve por alguns segundos. podia farejar. podia sentir o presságio que lhe fora ensinado anos atrás. logo, oculto por folhagens e visagens, viu o filhote de condor ensaiar talvez seu terceiro ou quarto vôo da vida. uma criança, um pássaro alvo. em poucas pestanas-idas, el condor fue atrapado por uma patada elegante do velho felino. a rotina versus morte. o sol se escondeu atrás da palmeira, o hemisfério flamejante, a tranquilidade do selvagem com penas nas juntas e carne en los labios.

- eu sou um gato-selvagem, nunca vi a luz da cidade. ando em minha pradaria com a sombra do condor-pai sobre mim.

4 comentários:

Sabrina disse...

ainda é cedo amor

Don Fernão disse...

nhoc!

Anônimo disse...

um gato que sabia voar...
um condor que sabia caminhar...

Anônimo disse...
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