Sete horas, o ponto da manhã.
As ordens eram claras: roupas impermeáveis no corpo e molhadas no lixo.
Enquanto os colombianos venezianos afro-marcianos limpavam quase em desespero suas janelas pro mundo, deixei a minha embaçada só para entortar a paisagem.
Mais um dia de aula acerca, acima, íntimo e aparentemente, das coisices dentro do caminhão.
Um: aqui é meio de tarde o dia inteiro.
Dois: cachorro gosta de vento e água fria.
Três: no parabrisas água cai para cima.
Quatro: ao invés de catarata, os jardins japoneses de Monet foram pintados sob efeito vidro molhado.
Cinco: é inevitável espirrar manuelismos mesmo longe do Pantanal.
E a gota d' água: até na chuva linha reta tem limitação.
3 comentários:
Apesar da chuva, a limitada reta se encontra com outra no infinito. Quem mais tem esse prazes de se encontrar com uma reta? E ainda mais no infinito! Infinito!
Só embaçando mesmo a janela do mundo para suportar a paisagem ruça. Não quanto a ti, mas aqui o samba virou um quatro por quatro assaz chato. Preciso de um tango!
eu já vi chover para cima... e foi em camera lenta... nada como a psilocibina né!?
ah os astecas...
tens carne dos deuses na mesa?
Postar um comentário