quinta-feira, 22 de novembro de 2007

..et voilà


..vivia só e só vivia.
entre melodias inúteis e letras mortas era quelque chose entre Esperança e Cronópio...
bem criado que era carregava o vermelho de berço, a peneira de sonhos líquidos que emprestou o avô materno e o vozeirao de pranto mal curado do pai. corpos saíam de sua vida. chegavam em sua vida. saiam de sua vida e voltavam.. com o mesmo silêncio de cipreste que usavam para beijá-lo.. assim brincava de lego com suas pecinhas de melodias melancólicas e simples.
montava simbólicamente cada ser que conhecia para logo depois desmontá-lo de raiva
por isso sofria.
por isso amava.
por isso chorava.
por isso matava.
sentia-se extremamente povoado por cada molécula alheia que o tocara um dia com intensidade bem mensurada. enlouquecido de um amor coerente e pós naftalínico vestiu La Paz como pele.. deixou bruxelas, talvez toulouse ou buenos aires.
explosoes agônicas, lata de spray barato.
ruas velhas. paredes tristes.
ça fait des siècles..
ça fait des siècles que j'attends
"ça fait des siècles que j'attends le vent du desèrt et la pluie.."

Um comentário:

Sabrina disse...

enlouquecida de la paz coerente, vestiu amor na pele.