quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Bemol

getty.

Protegendo a sala de antropologia do tempo, os panos de prato se faziam cortina.
Na parede, os teóricos estavam escritos em garfo e faca sujos de macarrão alho e olho.
Do calendário, todos os feriados tinham desaparecido enquanto os pentes embaraçavam os cabelos cortados com navalha enferrujada.

Olhei pro teto. O destino em setas planetárias apontava para o fundo.
Entrei no avesso e vi a retroatividade sentada numa cadeira de balanço.

Era ele.

Primo terceiro do sustenido rural.

Queimando chuva ácida. Em lâminas.


Um comentário:

Anônimo disse...

Esse teu primo, minina, deve sofrer de acidez no estômago. Além do mais, achei estranho o tom da voz dele. Sustenido demais para meu ouvido acostumado a tons menores...

Um lá a ti, sol maior!