segunda-feira, 12 de julho de 2010

Jamais vestira confusões em suas palavras.
O silêncio sempre fora maior
que qualquer imposição de um sentido próprio.

(Para o respeitar do instante
mantém-se
a mesma meditação cautelosa
sobre o dividir-se.

É como compreender
que para estar junto é preciso
unir’sem desordem.)

Seus olhos caminhavam cheios de encontro.
No cruzar de sua permissão
despida, desorientava julgamentos excessivos.
Não há nada capaz de escapar

o vazio

entre o foco e a claridade
de uma retina entregue. (Aqui cores
banham emoções sem dor, abrem
os braços e desfazem enganos
sozinhos.

Não há
nada em si que se deixe espalhar

sem estar inteiro.)

- Por favor,
pedaços pequenos
só serão restos se deixados
largados
ao peso
do tempo. (Já não sabemos mais
como voltar atrás.)

4 comentários:

k . disse...

..os pés fragmentam angústia

espirrando dor na calçada

Nocturna disse...

muito, muito bom.

Burlesca disse...

Somente me despiria embriagada de suas palavras

Mayke disse...

nada em si que se deixe espalhar

sem estar inteiro.


*por algum motivo isto soa muito bem.