senta cá e me escuta, isso pode demorar como pode acontecer rápido demais. então eu me assumo mulher e como sempre me pergunto se realmente sinto algum amor ou se me disponho a amores impossíveis, momentâneos e irremediáveis. depois falo da escassez que me acostumei, da indiferença que devora adentro e por fim, sobre esse ter você. a verdade é que tentei, cara, e como em todas minhas tentativas já era de se esperar acabar afogada na praia - não por culpa sua, talvez por culpa minha, sabe-se lá, o sentimento vai e volta, simples assim, e nós simplesmente já não podiámos ser. não sei se preciso explicar, tudo isso a gente sente enquanto perde os braços. hoje eu escrevo em tom baixo de voz calma, conheço bem esse seu medo de encarar as coisas, mas agora não dá mais não, o barco virou, ou qualquer outra coisa ridícula que dizem por aí. o ponto crítico é bem assim: quando paro e penso, chego na conclusão que sempre fomos completos desnecessários. você nunca precisou da minha dedicação diária mas eu fiz questão de dar até onde eu queria receber. vê? acho que nunca conheci alguém tão impossível.
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