quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A receita da felicidade passa pela receita federal


E foi de forma desorganizada e bacanal que todos se puseram diante da faca. Cada um implorava, com a porção que lhes era devida de desespero, por um corte na garganta. Uns mais intensos, outros com cautela. Mas todos queriam ver sangue: jorrando, escorrendo, mesmo que fosse o próprio. Na verdade, essa era a preferência. Porcos sadomasoquistas!

Sedentos por entranhas, faziam de um tudo para cheirá-las, experimentá-las entre os dentes. Não se contentavam com pouca coisa. Um monte de merda também era tudo o que queriam. Uma tripa esfolada era um deleite para aqueles carniceiros sanguinolentos. Comiam pedaço de bosta por pedaço, como se fosse cada naco daquele fétido cocô uma fatia de manjar dos deuses!?. Comedores de merda infernais!

Bebiam catarro liquefeito, cortavam pulsos, lambiam cú esporrado, buceta azeda, pinto gangrenado. Faziam tudo para chamar um pouco de atenção. Um dia os vi tomando pús com mijo de gato. Que escrotos eles eram. Chamar a atenção. Era tudo o que queriam. E não tinham pudores. Um berne de furúnculo aqui, uma casca de ferida ali. E assim levavam a vida, dentro de um tanque cheio de sanguessugas. Adoravam ser diferentes. Faziam de um tudo por um pouco de atenção. Quem lhes permitiu? Quem lhes deu permissão? Só sei que assim seguiam, pisando em pregos, dormindo sobre cacos de vidro, lavando o couro cabeludo com tiner. Eram uns doentes.

E todos, sem excessão, os adoravam. Eram a banda do momento. Uma mistura de Backstreet Boys, Spice Girls, Bruno e Torrone e bota aí uma pitada de Calypso-Colapso. Eram um inertes! Unhas encravadas da sociedaaaaaade! Adoradores de cera de ouvido apocalípticos! Mereciam tanto a forca que a forca já não podia por eles fazer nada. Ficaram nisso, filhos de uma putana de cueca, calcinha e carceta.

Adoráveis e reconfortantes. Smack!

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