quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ela voltou. Invadiu a casa e achou graça da bagunça e das paredes ilustradas em sonhos de outra vida solitária. Pensou já ter passado por aqueles versos, e que talvez sua última visita tenha sido um tanto breve demais. Sacudiu as janelas e expandiu a sacada, estendeu a rede azul de seu canto e convidou los pajaritos da palmeira vizinha a voltarem mais tarde, que hoje é dia de baile e o vento sul vem circular refresco na fúria das péles acesas.

Ela voltou. Tomou conta suavemente dos descuidos confusos daquele que sente tanto que até se perde (em dor). Abriu a mochila em música e flauta, cantigas revoltas na areia e carinho de idas e vidas escondidas nos olhos da manhã.


Ela voltou, para nunca mais nos deixar.