sábado, 29 de agosto de 2009

...

Havia uma justeza em minha garganta. Uma vontade de gritar que não mais vestiria a renda tecida pelos nossos planos. Joguei-me no chão esticando desejos e rechaçando a proposta de definido rumo. Ele percebeu que meu corpo não balançou com a fineza de antes.
Supus.
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Dia seguinte encontrei um palco de luminosidade escassa, quase inadequada pr’um'alma que reclamava esparramar-se, descontinuar-se. Os corpos moviam-se ao meu redor como num baile inventivo. Até que um fio de luz segurou o silêncio preto que eu esticava.
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E estendi as mãos pro convite d'um gajo.
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Ele, e só ele, soube desembaraçar os laços de meu vestido verde, que eram tecidos por aquela renda encardidamente [in]segura. Manifestação de minhas outrices.
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De todas que sou, gosto mais da mais latina.
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Tocando meus lábios, tatuou-se em meu corpo.
Ao que despues perdeu-se em um domingo santo.
meio dominicano, meio esquecido.

Já não posso voltar aos planos, às rendas e às rezas de antes..

2 comentários:

sara castillo disse...

que lindo tudo isso, coube perfeitamente em meus dias.

k . disse...

sou capaz de ir pro caribe reajustar os ponteiros do peito..