sábado, 20 de junho de 2009

hoy el día no me sabe a casi nada

Eu boto a mesa do café como num ritual malandramente desenhado pra te seduzir. Vez em quando fico assim quando levanto da meditação. A espinha grita num desejo arregalado.

Noite de ontem o prazer teve teu cheiro. Distraída no trabalho, as horas me escorreram polidamente do ponteiro grande na parede ao piso empoeirado do carpet. Enquanto isso.. meus dedos batucavam escondidos no bolso do paletó, fingindo frio.

(como não tenho violão, faço samba na mão feito mestre Batata ensinou.)

Pero hoy, el día no me sabe a nada.
Tá tudo insípido, salvo aquele conto sobre a máquina de ser do Noll, para o qual eu repetidamente lasco uma olhada. Como que querendo comer os mesmos fonemas das sílabas de um conto só.

Espero que logo venha o café da manhã de amanhã. Antes que eu dê o fora..