segunda-feira, 9 de março de 2009



Ele era alto, rígido e seco
como um eucalipto.
Nascido para meu coração
em dias tensos
em espera vazia.

Parasita de encantos
imaginados
como frescor de fruta suculenta
((de sabor e de cor.))


Incapaz de amar
por inteiro (se entregar
dimensionalmente
a florescer
tons leves sorrisos toques
alma).


Ele era como todos.
Queria crescer
entre os vales
mais altos

certeiro e rápido
como boa máquina tecnocrata.
Completo em certezas
e saberes
de como se

é.


Repleto de caminhos
t_r_a_c_e_j_a_d_o_s
entre planos vastos
e lucrativos.


Para exister
e perceber
com a glória de se estar
no
CUME
do vale visível.


Enquanto eu
Ah, eu


queria
sentir comigo
o perfume (da flor
que nasce no dia sem
ter ou crer em vida alguma)
além do violeta
de suas pétalas caídas

despertar do voo
flutuante

de encontro ao vento ˜˜˜

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