segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Vermelho


Escreveu até que os dedos perdessem a cabeça e depois reuniu causo por causo numa pintura de cão chupando manga, em canson.
O tal desenho nunca encontrou moldura.

E aí, ela assumiu a primeira pessoa e desbotou junto com ele.

Antes que a tinta criasse cor, lembrei: éramos só divagações chuvosas.

Duas gargantas.
Engolindo, seco.



Um comentário:

Anônimo disse...

Que nada, minina. Em breve, antes do dia vinte e 7 de outubro, o desenho - o debuxo, melhor adiantar - vai casar com uma moldura simples, tal qual a idéia que rege a sinfonia dos traços. Vremei, vremei... Em canson, com a manga que sequer foi chupada, mas cujo cão insiste em querer - e a ousadia disso já ultrapassa o limite do bom-senso - o caroço de fiapos amarelos.

Bebamos tudo num gole só, que é para descolorir nosso riso amarelo e barroco.