Leve você levita
num vestido
que a veste
da beleza
invariável
de cada dia teu.
Vem e vai
com o vento
que se inventou
para ventilar o pensamento
de quem vê o vulto teu.
Sorri
com a força
da gravidade
gravíssima
que seduz quem ouve
o vinho e taça
tintos de tua voz.
Teu olho prolixo
delata sorrindo
a menina da tua feição
desposando a mulher
maldosamente escondida
na tua razão.
Preenchendo-se
explode em lava e libido
como um vulcão...
uma papoula
violenta e veloz
que entorpece
quem aspira
teu aroma.
E além de
tudo ama
e vultua
tua cabeça e alheias
venosas e vivas.
Tua alma tem o dom
de ser exata, perfeita, rubra...
sã e insana.
Revela uma guria rara
enquanto vela uma mulher paulistana.
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