Era segunda-feira e vestíamos o muro com carvão e bolas de sabão. Fazia tempo de derreter,ele dizia que esmalte era perfumaria e eu concordava, como de costume.
Falei sobre os peitos fartos negros enfeitando a noite caída na avenida enquanto ele desaparecia, correndo sobre o suco de limão que lhe calcava os pés. Vi suas costeletas enfeitando o chão da nossa cozinha e no armário, minhas risadas colecionavam pratos de plástico e uma vontade evidente de fechar os furinhos dos dedos.
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