quinta-feira, 5 de junho de 2008

prestígiocomsucodefrutadeplásticoemdianubladoseiláoquê

ia a pé pelos sertões do norte vendendo sonhos.dormia perto da saída para prevenir a cãibra nos pés caso quisesse partir na madrugada tinta de vinho.andava em círculos mesmo sabendo que no inverno é no quadrado que o sol se põe.na ponta da língua, tinha expressões que até dicionário duvida. seus braços nos meus eram como gavetas que escondem diários cheirando a mofo.contei-lhe sobre o arrepio que a falta de cabelo me dava. no boteco perto da rodoviária nos saudamos e pegamos o onibus 25. que ia sem rumo para uma certa américa do sul.

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