Vermelho. Tudo o quê eu lembro com mais clareza, tudo que não ficou turvo nas minhas lembranças, é o vermelho. O vermelho intenso que eu podia ver nos ombros dela, no pescoço dela, nela. Era incrível como exalava perfeitamente a cor. A sensação era nítida como a de um perfume, e ela se misturava a atmosfera densa de fumaça e cantos escuros,numa amalgáma hipnótica. O olhar morto não lhe tirava a vida e volúpia,nem um pouco. Mas a distanciava de todos,principalmente de mim. Era como se ela fosse intocável, e estivesse muito, mas muito distânte, e ainda assim, próxima demais. Bebia angústia, não álcool. Dava para se perder ao tentar imaginar oquê estava pensando. Esperava por alguém? Ou tentava esquecer? Eu podia ter descoberto, se ela não tivesse levantado e saído, antes mesmo de terminar de beber aquela solidão toda. Antes mesmo que eu conseguisse chegar mais perto.
5 comentários:
.vacilaste, mermão. quando é assim a gente tem de fazer o negócio sem hesitar - senão pedala pedalando, num teim?.
Concordo contigo em grau,gênero e número.Mas é que às vezes,caímos da bicicleta.
Nah,apenas ralei o joelho.
XD
(o comentário removido era meu.)
imaginou e se perdeu..
bonito isso!
me inspirei com o vermelho aí...
muito legal!
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